Johann Michael Haydn nasceu em 1737 na cidade austríaca de Rohrau e faleceu em Salzburgo com a idade de 68 anos. Com o seu irmão cantavam no coro de São Estêvão em Viena. Pouco depois de sair do coro-escola, foi nomeado mestre-de-capela em Grosswardein, e em 1762, em Salzburgo, onde fez amizade com Leopold Mozart e depois com o filho deste, Wolfgang Amadeus Mozart. Era amigo íntimo de Mozart, que tinha em grande consideração a sua obra, e foi professor de Carl Maria von Weber e Anton Diabelli.
As obras corais sacras de Haydn consideram-se geralmente como as suas obras mais importantes, nas quais se inclui a Missa Hispânica (que fez para o seu diploma em Estocolmo), uma missa em ré menor, um Lauda Sion, um requiem para o arcebispo Sigmundo em dó menor (que serviria posteriormente de inspiração ao requiem de Mozart), e uma colecção de graduais, 42 dos quais foram reimpressos no Ecciesiaslicon de Anton Diabelli. Também foi um prolífico compositor de música profana, incluindo quarenta sinfonias, vários concertos e música de câmara, como um quinteto de cordas em dó maior que foi atribuído por engano a seu irmão Joseph.
Michael Haydn foi vítima de outro caso de póstuma identidade confundida: durante muitos anos, a obra que hoje conhecemos como a sua sinfonia nº 26 foi considerada como a sinfonia nº 37 K.444 de Mozart. A confusão gerou-se porque se descobriu um autógrafo que tinha o movimento inicial da sinfonia feito pela mão de Mozart, e o resto na de outro movimento. Hoje considera-se que Mozart tinha composto um novo movimento lento para o início da sinfonia por razões ainda desconhecidas, mas sabe-se que o resto da obra é de Michael Haydn. A obra, que foi amplamente executada como sinfonia de Mozart, foi tocada consideravelmente menos desde esta descoberta em 1907.
Algumas das obras de Michael Haydn são referidas pelos números Perger, do catálogo temático das suas obras compilado por Lothar Perger em 1907.
Para ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=yDZG0Rqu6o4
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