Mozart Camargo Guarnieri, ou simplesmente Camargo Guarnieri (Tietê, 1 de fevereiro de 1907 — São Paulo, 13 de janeiro de 1993) foi um compositor brasileiro.
Seu pai era um imigrante italiano e sua mãe vinha de uma tradicional família paulista. O pai, Miguel Guarnieri, era barbeiro e músico, e tocava flauta. A mãe, Gécia Camargo, tocava piano. O pequeno Mozart aprendeu música em casa.
Teve aulas de piano a partir dos dez anos de idade com Virgínio Dias. Para este professor dedicou sua primeira composição, a valsa Sonho de artista (1918). A obra foi desdenhada pelo professor, mas seu pai julgou que a obra era fruto de promissor talento, pagando sua publicação em 1920.
Em 1923, Miguel Guarnieri decidiu mudar-se com a família para a São Paulo para proporcionar melhores condições de estudo da música ao filho. Sendo uma família sem recursos financeiros, Guarnieri trabalhou com o pai na barbearia e trabalhou como pianista. Até 1925 manteve vários empregos, tocando em cinemas, lojas de partitura e casas de baile da cidade. Estudou piano com Ernani Braga.
Em 1925 seu pai obteve melhor emprego, o que permitiu a Guarnieri reduzir sua carga de trabalho e dedicar-se mais ao estudo da música. Passou a ter aulas de piano com Antônio de Sá Pereira, e, alguns anos depois, começou também a estudar harmonia, contraponto, orquestração e composição com o maestro Lamberto Baldi, recém chegado da Itália.
Em 1928 foi apresentado a Mário de Andrade, a quem mostrou suas obras recém compostas Canção Sertaneja e Dança Brasileira. O escritor modernista tornou-se seu mestre intelectual. Guarnieri passou a freqüentar a casa de Mário de Andrade, com quem discutia estética, ouvia obras musicais e tomava livros emprestados. Tendo cursado até então apenas dois anos do curso primário, o contacto com o escritor foi muito importante para a formação intelectual de Guarnieri. O contacto entre ambos tornou-se uma grande amizade e também uma parceria artística. Muitas das canções escritas por Camargo Guarnieri foram sobre textos de Mário de Andrade, incluindo a ópera Pedro Malazarte. Exercendo atividade como crítico musical na imprensa, Mário de Andrade foi um dos principais responsáveis pela aceitação e pela divulgação da obra de Camargo Guarnieri.
Em 1938 o compositor recebeu uma bolsa de estudos concedida pelo governo do estado de São Paulo para estudar em Paris. Teve aulas de contraponto e harmonia com Charles Koechlin, e de regência com François Rühlmann.
Em 1944, recebeu vários prêmios nos Estados Unidos que lhe conferiram notoriedade. Classificou-se em segundo lugar em um concurso realizado em Detroit para eleger a "Sinfonia das Américas".
Em 1950, Camargo Guarnieri publica a Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil, na qual condena a técnica dodecafônica de composição. A carta faz referências veladas a Hans-Joachim Koellreutter, líder do grupo Música Viva.
A obra musical de Camargo Guarnieri é formada por mais de 700 obras e é provavelmente o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo, superado apenas por Villa-Lobos. Pouco antes de sua morte recebeu o prêmio "Gabriela Mistral", sob o título de "maior compositor das Américas".
Atualmente, boa parte do acervo de partituras e objetos deixados por Guarnieri encontram-se no arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo e no Centro Cultural São Paulo.
Teve aulas de piano a partir dos dez anos de idade com Virgínio Dias. Para este professor dedicou sua primeira composição, a valsa Sonho de artista (1918). A obra foi desdenhada pelo professor, mas seu pai julgou que a obra era fruto de promissor talento, pagando sua publicação em 1920.
Em 1923, Miguel Guarnieri decidiu mudar-se com a família para a São Paulo para proporcionar melhores condições de estudo da música ao filho. Sendo uma família sem recursos financeiros, Guarnieri trabalhou com o pai na barbearia e trabalhou como pianista. Até 1925 manteve vários empregos, tocando em cinemas, lojas de partitura e casas de baile da cidade. Estudou piano com Ernani Braga.
Em 1925 seu pai obteve melhor emprego, o que permitiu a Guarnieri reduzir sua carga de trabalho e dedicar-se mais ao estudo da música. Passou a ter aulas de piano com Antônio de Sá Pereira, e, alguns anos depois, começou também a estudar harmonia, contraponto, orquestração e composição com o maestro Lamberto Baldi, recém chegado da Itália.
Em 1928 foi apresentado a Mário de Andrade, a quem mostrou suas obras recém compostas Canção Sertaneja e Dança Brasileira. O escritor modernista tornou-se seu mestre intelectual. Guarnieri passou a freqüentar a casa de Mário de Andrade, com quem discutia estética, ouvia obras musicais e tomava livros emprestados. Tendo cursado até então apenas dois anos do curso primário, o contacto com o escritor foi muito importante para a formação intelectual de Guarnieri. O contacto entre ambos tornou-se uma grande amizade e também uma parceria artística. Muitas das canções escritas por Camargo Guarnieri foram sobre textos de Mário de Andrade, incluindo a ópera Pedro Malazarte. Exercendo atividade como crítico musical na imprensa, Mário de Andrade foi um dos principais responsáveis pela aceitação e pela divulgação da obra de Camargo Guarnieri.
Em 1938 o compositor recebeu uma bolsa de estudos concedida pelo governo do estado de São Paulo para estudar em Paris. Teve aulas de contraponto e harmonia com Charles Koechlin, e de regência com François Rühlmann.
Em 1944, recebeu vários prêmios nos Estados Unidos que lhe conferiram notoriedade. Classificou-se em segundo lugar em um concurso realizado em Detroit para eleger a "Sinfonia das Américas".
Em 1950, Camargo Guarnieri publica a Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil, na qual condena a técnica dodecafônica de composição. A carta faz referências veladas a Hans-Joachim Koellreutter, líder do grupo Música Viva.
A obra musical de Camargo Guarnieri é formada por mais de 700 obras e é provavelmente o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo, superado apenas por Villa-Lobos. Pouco antes de sua morte recebeu o prêmio "Gabriela Mistral", sob o título de "maior compositor das Américas".
Atualmente, boa parte do acervo de partituras e objetos deixados por Guarnieri encontram-se no arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo e no Centro Cultural São Paulo.
Obra:
Para orquestra:
1929 Suíte infantil
1931 Concerto nº 1 para piano e orquestra
1937 Flor de Tremembé para 15 instrumentos solistas e percussão
1940 Concerto nº 1 para violino e orquestra
1942 Abertura Concertante para orquestra
1944 Sinfonia nº 1
1945 Sinfonia nº 2 "Uirapuru"
1946 Concerto nº 2 para piano e orquestra
1951 Choro para violino e orquestra
1952 Concerto nº 2 para violino e orquestra
1952 Sinfonia nº 3
1953 Variações sobre um tema nordestino para piano e orquestra
1954 Suíte IV Centenário
1956 Choro para clarineta e orquestra
1957 Suite uit de film "Rebelião em Vila Rica"
1961 Choro para violoncelo e orquestra
1963 Sinfonia nº 4 "Brasília"
1964 Concerto nº 3 para piano e orquestra
1965 Seresta para piano e orquestra de câmara
1968 Concerto nº 4 para piano e orquestra
1970 Concerto nº 5 para piano e orquestra
1971 Abertura festiva
1977 Sinfonia nº 5 para coro e orquestra
1981 Sinfonia nº 6
1929 Suíte infantil
1931 Concerto nº 1 para piano e orquestra
1937 Flor de Tremembé para 15 instrumentos solistas e percussão
1940 Concerto nº 1 para violino e orquestra
1942 Abertura Concertante para orquestra
1944 Sinfonia nº 1
1945 Sinfonia nº 2 "Uirapuru"
1946 Concerto nº 2 para piano e orquestra
1951 Choro para violino e orquestra
1952 Concerto nº 2 para violino e orquestra
1952 Sinfonia nº 3
1953 Variações sobre um tema nordestino para piano e orquestra
1954 Suíte IV Centenário
1956 Choro para clarineta e orquestra
1957 Suite uit de film "Rebelião em Vila Rica"
1961 Choro para violoncelo e orquestra
1963 Sinfonia nº 4 "Brasília"
1964 Concerto nº 3 para piano e orquestra
1965 Seresta para piano e orquestra de câmara
1968 Concerto nº 4 para piano e orquestra
1970 Concerto nº 5 para piano e orquestra
1971 Abertura festiva
1977 Sinfonia nº 5 para coro e orquestra
1981 Sinfonia nº 6
Óperas:
1932 Pedro Malazarte-ópera cômica
1960 Um Homem Só-tragédia lírica
Cangacera ballet naar tema com 8 variações
Missas e cantatas:
Missa Dilígite (Amai-vos uns aos outros) para coro e orquestra de cordas
Seca cantata para soprano, coro e orquestra
Obras para coro:
1936 Coisa deste Brasil
Obras para canto e orquestra:
2 Canções de Celso Brant
Meus pecados
Como o coração da noite
Música de câmara:
1931 Trio para violino, cello e piano
1931 Sonata nº 1 para cello e piano
1931 Trio para violino, viola e cello
1931 Quinteto de sopros
1932 Quarteto nº 1 (quarteto de cordas)
1932 Angústia para quarteto de cordas
1933 Sonata nº 2 para violino e piano
1944 Quarteto nº 2 (quarteto de cordas)
1946 Ponteio e Dança para cello e piano
1950 Sonata nº 3 para violino e piano
1955 Sonata nº 2 para cello e piano
1956 Sonata nº 4 para violino e piano
1959 Sonata nº 5 para violino e piano
1962 Quarteto nº 3 (quarteto de cordas)
1965 Sonata nº 6 para violino e piano
1974 Cantilenas para cello e piano
1977 Sonata nº 3 para cello e piano
1978 Sonata nº 7 para violino e piano
Obras para piano:
1918 Sonho de Artista
1928 Canção sertaneja
1928 Dança brasileira
1928 Sonatina nº 1
1929 Noturno
1929 Prelúdio e Fuga
1929 Toada
1930 Choro torturado
1931 Dança selvagem
1933 Estudando piano
1933Criança triste
1933 A criança adormece
1931 Polka
1932 O Cavalinho da perna quebrada
1932 Lundu
1932 Piratininga
1934 Sonatina nº 2
1934 Valsa nº 1
1935 Tocata
1935 Valsa nº 2
1936 Toada triste
1937 Sonatina nº 3
1937 Valsa nº 3
1939 Ficarás sozinha
1943 Valsa nº 4
1944 Maria Lucia
1946 Dança negra
1948 Valsa nº 5
1949 Valsa nº 6
1952 Acalanto
1953 Suíte mirim
1957 Valsa nº 9
1958 Sonatina nº 4
1959 Valsa nº 10
1961 Baião
1962 Sonatina nº 5
1969 Dança da pulga
1982 Sonatina nº 8
1982 Toada sentimental
Obras para violão:
Ponteio para violão
1954Valsa-Choro nº1-Três Estudos
Valsa-Choro nº 2- Trilhas sonoras
1957 Rebelião em Vila Rica
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