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CALENDÁRIO

Esta página pretende apenas ser um complemento da inicialmente criada para o Coro de Câmara de Beja, uma vez que a extensa lista de compositores tornava pouco prática a utilização daquela página.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

LOPES GRAÇA, FERNANDO


Fernando Lopes-Graça (Tomar, 17 de Dezembro de 1906 — Parede, Cascais, 27 de Novembro de 1994) é considerado um dos maiores compositores portugueses do século XX.

Nasceu em Tomar a 17 de Dezembro de 1906, cidade sobre a qual escreveria que é onde «o monumento completa a paisagem; a paisagem é o quadro digno do monumento; e a luz é o elemento transfigurador e glorificador da união quase consubstancial da Natureza com a Arte.»

Apenas com 14 anos, começou a trabalhar como pianista no Cine-Teatro de Tomar, procedendo ele próprio aos "arranjos" dos trechos que interpretava, tocando peças de Debussy e de compositores russos contemporâneos. Na época, competiam em Tomar as duas bandas rivais: Gualdim Pais e a Nabantina.

Em 1923, frequenta o Curso Superior do Conservatório de Lisboa, tendo como professores: Adriano Meira (Curso Superior de Piano), Tomás Borba (Composição) e Luís de Freitas Branco (Ciências Musicais); em 1927, frequenta a Classe de Virtuosidade, onde tem como professor o maior pianista português de todos os tempos: Mestre Vianna da Motta (antigo aluno de Liszt).

Em 1928, frequentaria também o curso de Ciências Históricas e Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa, que viria a abandonar em 1931, em protesto contra a repressão a uma greve académica.
Entretanto, funda em Tomar o semanário republicano "A Acção".

Em 1931, conclui o Curso Superior de Composição com a mais alta classificação, concorrendo de seguida a professor do Conservatório, em piano e solfejo, o que lhe viria a ser vedado devido à sua oposição ao regime político, sendo inclusivamente preso e desterrado para Alpiarça.
Leccionaria na Academia de Música de Coimbra, vindo a colaborar na Revista Presença, um dos esteios da poesia em Portugal.

Em 1937 ganha uma bolsa de estudo para Paris, a qual contudo lhe seria igualmente recusada por motivos políticos. Não obstante, decide partir para França por conta própria, aproveitando para ampliar os seus conhecimentos musicais, estudando Composição e Orquestração com Koechlin.

É autor de uma vasta obra literária incidente em reflexões sobre a música portuguesa e a música do seu tempo, mas maior ainda é a sua obra musical, da qual são assinaláveis os concertos para piano e orquestra, as inúmeras obras corais de inspiração folclórica nacional, o Requiem pelas Vítimas do Fascismo (1979), o concerto para violoncelo encomendado e estreado por Rostropovich, e a vastíssima obra para piano, nomeadamente as seis sonatas que constituem um marco na história da música pianística portuguesa do século XX.

OBRA

Acordai
Jonada
O Milho  da Nossa Terra
Mãe Pobre
Dizes que Sou Lavadeira
Canto de Amor e de Morte
Suite Rústica nº 1
Combate
Portas d' Elvas
Concerto de Câmara
Firmeza
A Moda da Rita

Para ouvir

LOEWE, JOAHANN


Johann Carl Gottfried Loewe (30 de novembro de 1796 - 20 de Abril de 1869), geralmente chamado Carl Loewe, foi um compositor alemão, barítono cantor e maestro. As suas canções ficaram suficientemente bem conhecidas e alguns chamavam-no de o "Schubert da Alemanha do Norte", e Hugo Wolf veio a admirar o seu trabalho.

Loewe nasceu em Löbejün e recebeu as primeiras lições de música de seu pai. Ele era um menino-do-coro, em Köthen, e depois em Halle, onde foi para o liceu. A beleza da sua voz encantou Madame de Stal, e obteve uma pensão de Jérôme Bonaparte, então rei de Vestefália, que lhe permitiu alargar a sua educação musical, e estudar Teologia na Universidade Halle.

Em 1820, ele mudou-se para Stettin (Szczecin), onde trabalhou como organista e director musical da escola. Foi aí que fez a maior parte de sua obra como compositor, a publicação de uma versão de Goethe's Erlkönig em 1824 (escrito 1817-18), que alguns dizem rivalizar com Schubert. Ele passou a utilizar outros trabalhos poéticos, incluindo Friedrich Rückert, e traduções de William Shakespeare e Lord Byron.


OBRA

Ciclo de canções
Acht Jugendlieder
Serbischer Liederkreis, op. 15
Gregor auf dem Stein, op. 38
Der Bergmann, op. 39
Esther, op. 52
Paria, op. 58
Frauenliebe (Liederkranz von Chamisso) op. 60
Waldblumen: Eine Liedergabe von Dilia Helena, op. 89
Kaiser Karl V, op. 99
Waldblumen: Eine Liedergabe von Dilia Helena, op. 107
Der letzte Ritter, op. 124
Agnete, op. 134
Gesangskreis
Liederkranz für die Bass-stimme, op. 145

 Canções e baladas
Edward, op. 1 no 1 (Johann Gottfried Herder)
Der Wirthin Töchterlein, op. 1 no 2 (Ludwig Uhland) (*I)
Der Erlkönig, op. 1 no 3 (Johann Wolfgang von Goethe)
Herr Oluf, op. 2 no 2 (J G Herder)
Elvershöh, op. 3 no 2 (**II)
Golschmieds Töchterlein, op. 8 no 1 (Ludwig Uhland) (*I)
Graf Eberstein, op. 9 VI no 5 (**II)
(Serbischer Liederkreis, op. 15 (**II))
Hochzeitslied, op. 20 no 1
Der Zauberlehrling, op. 20 no 2 (**II)
Die Wandelnde Glocke, op. 20 no 3 (**II)
Die nächtliche Heerschau, op. 23 (Joseph Christian Freiherr von Zedlitz) (**I)
Des fremden Kindes heil'ger Christ, op. 33 no 3 (**II)
Der Fischer, op. 43 no 1 (*II)
Der getreue Eckart, op. 44 no 2 (**II)
Harald, op. 45 no 1
Der Woywode, op.49 no 1 (Adam Mickiewicz)(**I)
Heinrich der Vögler (Johann Nep. Vogl), op. 56 no 1
Urgrossvaters Gesellschaft, op. 56 no 3 (*II)
Fredericus Rex, op 61 (G.W.H. Häring) (*I)
Süsses Begräbnis, op. 62 no 4 (**II)
Das Erkennen, op. 65 no 2
Die Glocken zu Speier, op. 67 no 2 (Max von Oër) (**I)
Der Blumen Rache, op. 68 no 3 (*II)
Kleiner Haushalt, op 71 (Friedrich Rückert)
Prinz Eugen, op. 92 (Ferdinand Freiligrath)
Der Mohrenfürst, op. 97 no 1
Der Graf von Habsburg, op. 98 (*II)
Der Pilgrim vor Sankt Just, op 99 no 3 (August von Platen-Hallermünde) (*II)
Der verfallene Mühle, op. 109
Des Glockentürmers Töchterlein, op 112a (Fr. Rückert) (*I)
Der Mönch zu Pisa, op. 114 (*II)
Der gefangene Admiral, op. 115 (**II)
Odins Meeresritt, op. 118 (Aloys Schreiber) (**I)
Trommelständchen, op. 123 no 2 (**II)
Die Uhr, op. 123 no 3 (Gabriel Seidl) (**I)
Archibald Douglas (Theodor Fontane), op. 128
Der Nöck, op. 129 no 2 (nach August Kopisch)
Tom der Reimer (Theodor Fontane), op 135

Para ouvir
http://www.youtube.com/watch?v=ZZkQu--DQqA

LOBO, DUARTE


Duarte Lobo (?,c.1565–24 de Setembro de 1646) foi um compositor português da época do Renascimento tardio e Barroco inicial. Foi o mais famoso compositor português da sua época. Em conjunto com Filipe de Magalhães, Manuel Cardoso, e o Rei D. João IV é considerado um dos músicos da "época dourada" da polifonia portuguesa.

Sabe-se pouco da sua vida. Terá nascido em Alcáçovas ou em Lisboa, e sabe-se que foi aluno de Manuel Mendes em Évora. O seu primeiro trabalho terá sido o de mestre de capela da catedral de Évora; em 1594 era mestre de capela em Lisboa. Ensinou música no Colégio do Claustro da Sé em Lisboa, onde se manteve pelo menos até 1639. Mais tarde dirigiu na capital a capela do Seminário de São Bartolomeu. Assinava as suas obras como Eduardus Lupus.

Embora cronologicamente a sua vida se sobreponha à época do Barroco, escreveu, tal como Manuel Cardoso, música essencialmente ao estilo e técnica contrapontística da Renascença, como a da polifonia de Palestrina, tal como se poderia esperar por ter vivido numa zona isolada das inovações musicais de Itália e Alemanha. Publicou seis livros de música sacra, incluindo missas, responsórios, antífonas, magnificats e motetes.

A sua música é altamente atractiva, com força expressiva, tirando partido das características rítmicas e harmónicas do texto latino, em conformidade com as disposições do Concílio de Trento.

Encontram-se dispersos por diversas cidades (Coimbra, Évora, Vila Viçosa, Valladolid, Sevilha, Munique, Londres e Viena) os exemplares de praticamente tudo o que da sua obra foi editado em Antuérpia (Plantin, 1602-1639) e em Lisboa (Craesbeck, 1607).

 Algumas obras

1603 -Officium Defunctorum
1605 -Cantica Beatae Virginis (16 Magnificat a quatro vozes)
1621 -Liber Missarum I
1639 -Liber Missarum II
 
Para ouvir

LISZT, FRANZ


Franz Liszt (pronuncia-se Lisst), em húngaro Liszt Ferenc, (Raiding, Boêmia, 22 de outubro de 1811 — Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor e pianista teuto-húngaro do Romantismo. Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento.
Franz Liszt nasceu em 22 de outubro de 1811 no vilarejo de Raiding (em húngaro: Doborján) no Reino da Hungria (então no Império Habsburgo, hoje parte da Áustria), no comitato de Oedenburg (em húngaro: Sopron). Foi batizado em latim com o nome "Franciscus", mas os seus amigos mais próximos sempre lhe chamaram "Franz", a versão alemã de seu nome. Era chamado de "François" em francês, "Ferenc", "Ferencz" ou "Ferentz" em húngaro; no seu passaporte húngaro de 1874, o nome registrado era "Dr. Liszt Ferencz". Seus pais eram Adam e Anna Maria Liszt.

Liszt cresceu em Raiding, parte de Burgenland. A língua tradicional daquela região era alemão, e apenas uma minoria sabia falar húngaro. Oficialmente,o latim era utilizado. Seu pai, Adam Liszt, tivera aulas em húngaro no ginásio de Pressburg (agora Bratislava, capital da Eslováquia), mas ele não aprendeu quase nada nelas e sempre tinha notas terríveis. Apenas a partir de 1835 as crianças de Raiding passaram a ter aulas de húngaro na escola. O próprio Liszt era fluente em alemão, italiano e francês; também tinha um pequeno domínio de inglês, mas seu húngaro era muito precário.

A nacionalidade de Liszt foi causa de muita intriga e discussão. De acordo com pesquisas, o seu bisavô, Sebastian List (o pai de Liszt acrescentou a letra "z" ao sobrenome da família, e esta versão foi adotada pelo avô de Liszt), era um alemão que resolveu morar na Hungria no Séc.XVIII. Como a nacionalidade de uma pessoa nascida na Hungria na época era herdada, seu avô e seu pai, Georg List e Adam List também seriam alemães. Seguindo este raciocínio, Liszt também deveria ser considerado alemão. A mãe de Liszt era austríaca, e a cidade de Liszt hoje pertence à Áustria.

Hoje, ele é considerado alemão por algumas pessoas, mas quando perguntado sobre sua nacionalidade, Liszt sempre respondia com orgulho que era húngaro, mesmo sem sequer falar a língua; durante toda a sua vida usou o seu passaporte húngaro para viajar. Este facto fez com que ainda hoje a maioria pense que ele era completamente húngaro.

Era sonho do próprio Adam Liszt se tornar músico. Estudara Piano, Violino, Guitarra e Violoncelo. No inverno entre 1797 e 1798, enquanto estudava Filosofia na Universidade de Pressburg, ele estudou instrumentação com Paul Wigler; infelizmente, devido à sua falta de recursos financeiros, teve de desistir dos estudos. Logo no dia 1 de janeiro de 1798, ele passou a trabalhar para o Príncipe Nikolaus II Esterházy. Entre 1805 e 1808, ele trabalhou em Einsenstadt, onde o Príncipe Esterházy (que vivia em Viena) tinha uma casa de férias com uma orquestra. Até 1804 essa orquestra foi regida por Franz Joseph Haydn, e a partir desta data até 1811, por Johann Nepomuk Hummel. Em várias ocasiões, Adam Liszt tocou nela como segundo Violoncelista. Em 13 de setembro de 1807, a orquestra executou a Missa em Dó Maior de Ludwig van Beethoven, regida pelo próprio. Adam Liszt conhecia Haydn, Hummel e Beethoven. Para ele, os vienenses clássicos haviam atingido o nível de musicalidade mais alto.

O próprio Liszt, quando adulto e artisticamente maduro, freqüentemente falava que as experiências musicais mais importantes de sua infância foram as performances de artistas ciganos. Porém, o repertório que ele teve de estudar no Piano era bem diferente da música dos ciganos. Uma carta de 13 de abril de 1820 de Adam Liszt para o Príncipe Esterházy diz que ele comprou cerca de 8800 páginas de partituras dos maiores mestres da música. Durante os 22 meses que se seguiram, Liszt já havia estudado as obras mais tecnicamente complexas de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Beethoven, Hummel, Muzio Clementi, Johann Baptist Cramer, dentre outros. Já que o garoto havia ficado doente várias vezes, é impressionante saber que ele tocou todas estas obras, mas ele havia começado no verão de 1818, mais ou menos com sete anos. Progrediu extraordinariamente rápido. Em outubro de 1820, no velho casino de Ödenburg, ele participiu de um concerto do Violinista Baron van Praun, este também um prodígio. Na segunda parte do Concerto, Liszt tocou um Concerto em Mi Bemol Maior de Ferdinand Ries, e uma improvisação dele mesmo, com muito sucesso.

Em novembro de 1820, Adam Liszt teve uma oportunidade ainda maior de mostrar ao público o dom de seu filho. Em Pressburg, a Dieta se encontrou pela primeira vez após um rompimento de 13 anos. Em 26 de novembro, Liszt deu um concerto para uma platéia de aristocratas e membros da alta sociedade. Um grupo de magnatas assegurou um pagamento anual de 600 Gulden durante seis anos para que o garoto pudesse estudar no exterior.

Adam Liszt já havia pedido ajuda ao Príncipe Esterházy em 4 de agosto de 1819 para educar seu filho. Nessa petição, ele estimou um gasto anual que ficaria entre 1300 e 1500 Gulden. Ele não esperava que o Príncipe fosse pagar essa quantia, mas também pediu uma posição em Viena. Assim, Adam poderia ganhar dinheiro por conta própria enquanto seu filho teria aulas com um grande mestre do Piano. A petição foi apoiada por Hofrat Johann von Szentgály, um oficial. Mas como não havia vagas para o trabalho em Viena, a petição foi negada pelo Príncipe. Os 600 Gulden oferecidos pelos magnatas em novembro de 1820 eram insignificantes comparados aos gastos de 1500 Gulden anuais. Nada aconteceu no próximo um ano e meio. Em 6 de maio de 1822, Adam Liszt fez uma petição para um ano de ausência. Quando o Príncipe aceitou esta, Adam Liszt já havia vendido tudo que ele possuía em Raiding. Em 8 de maio de 1822, a família Liszt foi para Viena.

Em Viena, o jovem Liszt freqüentou aulas de Piano com o grande Carl Czerny, que fora aluno de Beethoven em sua juventude. Czerny comentou em seu "Lebenserinnerungen" (Memoires) que ficou impressionado com o talento de Liszt ao Piano, mas que o garoto não tinha qualquer conhecimento de dedilhados apropriados, e seu jeito de o tocar era caótico. Czerny, de primeira, mostrou a Liszt algumas das Sonatas mais fáceis de Clementi e mandou tocá-las. O garoto tocou-as sem qualquer dificuldade, mas não entendia que tinha de trabalhar nos detalhes da execução e da expressividade. O professor e o seu aluno também tinham opiniões diferentes quanto a dedilhados usados para as obras tocadas. Há boatos de que o garoto numa tentativa de escapar das odiadas aulas escreveu dedilhados complexos e difíceis para as obras e os mostrou ao seu pai, alegando que eles haviam sido escritos por Czerny. Havia se tornado "óbvio" que Czerny não tinha noção do que mandara os seus alunos fazerem, e Liszt deveria parar de ter aulas com ele. Após isso, Adam Liszt conversou com Czerny e seu filho, e as aulas prosseguiram.

Pouco depois, Liszt foi ouvido em círculos privados. A sua estréia em Viena foi em primeiro de dezembro de 1822, num concerto na "Landständischer Saal". Liszt tocou um Concerto em Lá Menor de Hummel e também uma improvisação numa Ária da Ópera de Rossini "Zelmira" e também o Allegretto da 7ª Sinfonia de Beethoven. Em 13 de abril de 1823, ele deu um concerto famoso na "Kleiner Redoutensaal". Dessa vez, tocou um Concerto em Si Menor de Hummel, variações de Moscheles e uma improvisação dele mesmo. Diz uma lenda que Beethoven ficou tão impressionado com a técnica e o virtuosismo precoce do garoto que o lhe deu os parabens no palco, dando-lhe um beijo na testa. Porém, algumas fontes dizem que Beethoven nem sequer subiu ao palco, e alguns registros de Beethoven mostram que ele não compareceu ao concerto.

A partir de julho de 1822, Liszt passou a ter aulas de composição com Antonio Salieri. De acordo com uma carta de Salieri ao Príncipe Esterházy que data de 25 de agosto de 1822, até então ele havia dado ao  garoto alguns elementos de teoria musical. Mais aulas viriam depois destas. Já que os admiradores do garoto o tratavam como um novo Mozart ou Beethoven, Salieri havia aceitado uma tarefa nada fácil.

Na primavera de 1823, quando o ano de ausência concedido a Adam Liszt estava chegando ao fim, Adam Liszt pediu em vão ao Príncipe mais dois anos. Adam mais tarde pediu demissão ao Príncipe, e no fim de abril de 1823, a família voltou pela última vez à Hungria. Liszt deu concertos em Peste nos dias 1 e 24 de maio. Também participou de concertos nos dias 10 e 17 de maio no "Königliches Städtisches Theater" e em 19 de maio na "vergnügliche Abendunterhaltung" (uma tarde entretida de música). Neste último evento, Liszt tocou um arranjo para Piano da Marcha de Rackózy, algumas danças húngaras e peças de Csermák, Lavotta e Bihari. No fim do mês, a família voltou a Viena.
Foi o criador do Poema Sinfônico, muito popular no século XIX. No campo da música sacra, salienta-se as 4 oratórias, S. Isabel, S.Stanislaus(incompleta), Christus, e a vanguardista Via Crucis. Escreveu duas sinfonias, a Sinfonia Dante, inspirada na Divina Comédia de Dante Alighieri, e a Sinfonia Fausto, composta por diferentes quadros que caracterizam as personagens de Fausto, do escritor romantico alemão Goethe. Liszt também possui inúmeros lieder, e peças para música de camara, das quais se deve destacar as para violino e piano.

A sua Sonata em Si menor, apesar de não ter agradado a Johannes Brahms, que se diz ter adormecido durante a sua execução, é provavelmente a obra maior do compositor húngaro. Também muito populares são suas rapsódias húngaras para piano. A Rapsódia n.2, a mais conhecida delas, tornou-se muito popular até como trilha sonora de desenhos animados.


OBRAS
19 Rapsódias Húngaras para Piano (posteriormente orquestradas);
12 Estudos de Execução Transcendental;
Sonata em Si Menor;
Sinfonia Fausto;
Sinfonia Dante;
Concerto para Piano Nº1;
Concerto para Piano Nº2;

LIGETI, GYÖRGY SÁNDOR


György Sándor Ligeti (Dicsőszentmárton, 28 de maio de 1923 — Viena, 12 de junho de 2006) foi um compositor húngaro judeu, amplamente considerado como um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX. A sua obra mais famosa é a ópera Le Grand Macabre. Também é conhecido por algumas músicas das trilhas sonoras de filmes como 2001: Uma Odisséia no Espaço e Eyes Wide Shut.

Ligeti nasceu em Dicsőszentmárton, na região da Transilvânia, Romênia. Era sobrinho-neto do violinista Leopold Auer. Na época, Dicsőszentmárton era um povoado húngaro de população judaica. Ligeti dizia que o seu primeiro contato com a língua romena foi num dia quando ouviu policiais falando naquele idioma. Após deixar a sua terra natal, não voltaria mais até a década de 1990.


Ligeti recebeu as suas primeiras lições musicais no conservatório de Cluj/Kolozsvár, no centro da Transilvânia. A sua educação parou em 1943 quando, por ser judeu, foi coagido a trabalhar para os nazis. Seus pais, seu irmão e outros parentes foram deportados para o campo de concentração de Auschwitz, onde foram executados. Sua mãe foi a única que sobreviveu.

No fim da Segunda Guerra Mundial, Ligeti voltou a estudar, em Budapeste, graduando-se em 1949. Estudou com Pál Kadosa, Ferenc Farkas, Zoltán Kodály e Sándor Veress. Realizou um trabalho etnomusicológico sobre a música folclórica romena, mas, depois de um ano, voltou à antiga escola em Budapeste e foi nomeado professor de harmonia, contraponto e análise musical. Naquele tempo, o contacto entre a Hungria e o ocidente estavam rompidos pelo, então, governo comunista, e Ligeti teve de ouvir secretamente as transmissões do rádio para se inteirar dos progressos musicais no mundo. Em dezembro de 1956, mudou-se para Viena e tornou-se cidadão austríaco.

Pôs-se, então, em contato com várias das figuras-chave da música de vanguarda que não eram conhecidas na isolada Hungria de seu tempo. Entre os vanguardistas, estavam compositores como Karlheinz Stockhausen e Gottfried Michael Koenig, que actuavam na música electrónica. Ligeti trabalhou com ela no mesmo estúdio que tinha em Colônia, e se inspirou com os sons que criava lá. Todavia, produziu pouca música propriamente eletrónica, concentrando-se mais nas obras isntrumentais com certas nuances que lembravam aquela música.

Desde esse tempo, a obra de Ligeti começou a  tornar-se mais conhecida e respeitada. Mais recentemente, os seus três livros de estudos para piano adquiriram grande difusão devido às gravações feitas por Pierre-Laurent Aimard, Fredrik Ullén, entre outros.

Ligeti deu aulas em Darmstadt, Hamburgo, Estocolmo e Stanford. Foi também professor na Hamburg Hochschule für Musik und Theater em 1973, retirando-se em 1989. No início da década de 1980, sofreu problemas cardíacos que o levaram a  ausentar-se por vários anos do cenário musical, até ter aparecido com o Trio para Trompa, Violino e Piano (1983). Desde então, a sua produção foi abundante até os anos 1990. Após 2000, os seus problemas de saúde voltaram a aparecer e nenhuma obra mais foi escrita desde o ciclo de canções Síppal, Dobbal, Nádihegedüvel ("Com pipas, tambores, violinos", 2000). Faleceu em Viena, em junho de 2006.

Além da música, Ligeti também se interessou pela geometria fractal de Benoît Mandelbrot, e nas obras literárias de Lewis Carroll e Douglas R. Hofstadter.
O filho de Ligeti, Lukas Ligeti, é um compositor e percussionista que vive hoje em Nova York.

As primeiras obras de Ligeti são uma extensão da linguagem musical de seu compatriota Béla Bartók. Por exemplo, suas peças para piano Musica Ricercata (1951 - 53), foram comparadas com as do Mikrokosmos de Bartók . A colecção de Ligeti tem onze peças ao todo, A primeira usa somente uma nota "lá" executada em diversas oitavas. Só no fim da peça é possível escutar a segunda nota - "ré". A segunda peça emprega três notas diferentes, a terceira emprega quatro, e assim até o fim, de tal forma que a décima-primeira peça usa todas as doze notas da escala cromática.
Nessa primeira parte de sua carreira, Ligeti foi afetado pelo regime comunista da Hungria daquele tempo, que impunha a estética do realismo socialista. A décima peça da Música Ricercata foi proibida pelas autoridades por considerarem-na "decadente". Isto  deveu-se provavelmente ao uso muito livre  dos intervalos de segunda menor. Devido à ousadia de suas intenções musicais, é fácil de supor a razão por ter decidido deixar a Hungria.

Uma vez estabelecido em Colónia, começou a compor música electrónica junto a Karlheinz Stockhausen. Entretanto, as suas obras para essa linguagem  resumem-se em três, dentre as quais Glissandi (1957) e Artikulation (1958), antes de voltar à música instrumental e à vocal. As suas composições, então, apareceram influenciadas por suas experiências eletrónicas e muitos dos efeitos sonoros que criou lembram outras obras eletrónicas. A obra Apparitions (1958-59) foi a primeira a atrair a atenção da crítica, mas foi a sua obra seguinte, Atmosphères, a mais conhecida atualmente. Foi usada, junto com fragmentos de Lux Aeterna e o seu Réquiem como parte de la trilha sonora de 2001: "Uma Odisséia no Espaço" de Stanley Kubrick - sem a autorização do próprio Ligeti.

Atmosphères (1961) é uma peça para uma grande orquesta sinfónica. É considerada peça-chave na produção de Ligeti e contém muitos dos recursos explorados durante a década de 1960. Abandonou o foco na melodia, na harmonia e no ritmo, para se concentrar apenas no timbre dos sons, uma técnica conhecida como "massa de som". Cada nota da escala cromática soa em cinco oitavas. A peçadesenvolve-se  a partir desse acorde, com nuances sempre distintas.

Ligeti cunhou o termo "micropolifonia" à técnica composicional que usou em Atmosphères, Apparitions e outras obras daquela época. Assim a definiu: "a complexa polifonia das partes individuais está fundida num fluxo harmónico-musical, no qual as harmonias não mudam subitamente; em vez disso, mesclam-se umas com as outras. É uma combinação de intervalos claramente reconhecível e que se vai  tornando nebulosa. Nesta nebulosidade, pode-se distingüir uma nova combinação de intervalos se formando".

Da década de 1970 em diante, Ligeti  afastou-se do cromatismo total e começou a concentrar-se  no ritmo. Interessou-se, particularmente, nos aspectos rítmicos da música africana, em especial na dos pigmeus. Em meados de 1970, escreveu a ópera "Le Grand Macabre", com base no teatro do absurdo com muitas referências escatológicas. A sua música dos anos 1980 e 90 deram ênfase a complexos mecanismos rítmicos, numa linguagem menos densamente cromática (tendendo a favorecer as tríades maiores e menores deslocadas e estruturas polimodais).

A última obra de Ligeti foi o Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara (1998-99, revisado em 2003).

OBRAS
Andante e Allegro para quarteto de cordas (1950)
Baladi joc para dois violinos (1950)
Concert românesc para orquestra (1951)
Musica ricercata para piano (1951-1953)
Seis bagatelas para quinteto de sopros (1953)
Quarteto de cordas nº 1 "Métamorphoses nocturnes" (1953-54)
Glissandi, música eletrônica (1957)
Artikulation, música eletrônica (1958)
Apparitions para orquestra (1958-59)
Atmosphères para orquestra (1961)
Volumina para órgão (1961-62, revisado em 1966)
Poème Symphonique para 100 metrônomos (1962)
Réquiem para soprano e mezzosoprano solistas, coro misto e orquestra (1963-65)
Concerto para violoncelo e orquestra (1966)
Lux Æterna para 16 solistas (1966)
Lontano para orquesta (1967)
Dois estudos para órgão (1967, 1969)
Continuum para cravo (1968)
Ramifications para 12 instrumentos de corda solistas (1968-69)
Quarteto de cordas nº 2 (1968)
Dez peças para quinteto de sopros (1968)
Concerto de câmara para 13 instrumentos (1969-70)
Melodien para orquestra (1971)
Concerto duplo para flauta, oboé e orquestra (1972)
Clocks and Clouds para 12 vozes femininas (1973)
San Francisco Polyphony para orquestra (1973-74)
Le Grand Macabre, ópera (estreada en 1978)
Études pour piano, Premier livre (1985)
Concerto para piano e orquestra (1985-88)
Concerto para violino e orquestra (1992)
Études pour piano, Deuxième livre (1988-94)
Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara com quatro trompas naturais obligato (1998-99, revisado em 2003)
Síppal, dobbal, nádihegedűvel: Weöres Sándor verseire (2000)
Études pour piano, Troisième livre (1995-2001)
 
Para ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=tBLndVyPyZA

domingo, 6 de dezembro de 2009

LYADOV, ANATOLY


Anatoly Konstantinovich Lyadov ou Liadov, (11 de maio (antigo estilo de 29 de abril) 1855 São Petersburgo - 28 de agosto (antigo estilo de 15 de agosto) de 1914, nasceu em Polynovka, Borovichevsky uezd, distrito de Novgorod. Foi um compositor russo, professor e maestro.

Lyadov nasceu em São Petersburgo, numa família de músicos russos eminentes. Ele foi ensinado informalmente por seu pai, maestro 1860-1868 e, em seguida, em 1870 entrou no Conservatório de São Petersburgo para estudar piano e violino. Logo desistiu de estudo instrumental para se concentrar em contraponto e fuga, embora tenha permanecido um excelente pianista. O seu natural talento musical foi  altamente o pensamento de, entre outros, Modest Mussorgsky, e durante a década de 1870 tornou-se associado ao grupo de compositores conhecidos como The Mighty Handful. Ele entrou na composição das classes de Nikolai Rimsky-Korsakov, mas foi expulso por faltas em 1876. Em 1878, ele foi readmitido para essas classes para ajudá-lo a completar a sua composição de graduação.

Ele ensinou no Conservatório de São Petersburgo em 1878, e foram seus alunos, incluindo Sergei Prokofiev, Myaskovsky Nikolai, Gnesin Mikhail, Saminsky Lazare e Asafiev Boris. Coerente com a sua pessoa, ele era variável, mas às vezes instrutor brilhante. Maestro Nikolai Malko, que estudou harmonia com ele no conservatório, escreveu: "os comentários críticos de Lyadov eram sempre precisos, claros, compreensíveis, construtivos e breves .... e indolentes, sem pressa, por vezes aparentemente com desdém. Podia parar de repente a meioda palavra, tirar uma tesoura do bolso e começar a fazer algo com a unha, enquanto todos nós esperávamos.

Igor Stravinsky comentou que Lyadov era tão exigente consigo mesmo, como foi com seus alunos, por escrito, com grande precisão e exigindo atenção aos detalhes finos. Prokofiev lembrou que mesmo as inovações musicais mais inocentes levaram o conservador Lyadov à loucura. "Metendo as mãos nos bolsos e balançando nos seus sapatos de lã macia, sem saltos, ele diria:" Eu não entendo por que você está estudando comigo. Vá para o Richard Strauss. Vá para o Debussy. Isto foi dito num tom que significava "Vá para o diabo!"  Ainda assim, Lyadov disse aos seus conhecidos sobre Prokofiev. "Eu sou obrigado a ensiná-lo. Ele deve formar a sua técnica, o seu estilo, na primeira música de piano." Em 1905 ele demitiu-se, por pouco tempo, quando da demissão de Rimsky-Korsakov.  Só voltou quando Rimsky-Korsakov foi reintegrado.

Em novembro de 1887,  Lyadov reuniu-se com Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Quase sete anos mais cedo Tchaikovsky tinha dado um parecer negativo à editora Besel sobre um piano "Arabesque" que  Lyadov tinha escrito.  Mesmo antes dessa visita, porém, a opinião de Tchaikovsky sobre Lyadov tinha mudado. Ele tinha honrado Lyadov com uma cópia da partitura da sua Manfred Symphony. Agora que ele tinha realmente conhecido o homem pessoalmente, o jovem compositor  tornou-se "querido Lyadov."  Ele tornou-se um visitante assíduo de Lyadov e do resto do Círculo Belayev, começando no Inverno de 1890.
Casou-se em 1884, adquirindo através de seu casamento uma propriedade rural em Polïnovka, distrito de Novgorod, onde passou os seus verões compondo sem pressa, e onde morreu em 1914.

OBRA
Biryulki, 14 pieces for piano, Op. 2
Six pieces for piano, Op. 3
Piano pieces, Op. 4
Etude in A-flat major, Op. 5
Impromptu for piano, Op. 6
Two intermezzi for piano, Op. 7
Two intermezzi for piano, Op. 8
Two pieces for piano, Op. 9
Three Pieces for piano, Op. 10:
Prelude in D-flat major
Three Pieces for piano Op. 11:
Etude in E major, Op. 12
Preludes for piano, Op. 13:
Prelude for piano in G major
Prelude in B-flat
Prelude in A major
Prelude in F-sharp minor
Two Pieces for piano, Op. 15:
Scherzo in D major for orchestra, Op. 16: Allegretto - Vivace - Trio. Allegretto - Vivace - Poco Mosso
Village Scene by the Inn, mazurka for orchestra, Op. 19
Of Olden Times, for piano, Op. 21a
Ballade, Op. 21b
Two Pieces for piano Op. 24:
Idylle, Op. 25
Little Waltz in G major Op. 26
Preludes for piano, Op. 27:
Final scene from Schiller's Die Braut von Messina for solistas, coros e orquestra, Op. 28 (1878, publicada em 1891). Esta foi a sua peça de formatura.
Kukolki (Marionettes) for piano in E-flat major, Op. 29
Bagatelle in D-flat major, Op. 30
Two Pieces for piano, Op. 31:
Muzikalnaya tabakerka (A musical snuffbox), Op. 32 for piano (1893)
Pieces for piano, Op. 33:
Prelude for piano in A-flat major on a Russian theme
Variations for piano on a theme by Glinka Op. 35
Three Preludes for piano Op. 36:
Etude for Piano in F major, Op. 37
Four Preludes for piano, Op. 39:
Etude and 3 Preludes for Piano, Op. 40:
Mazurka for piano in A major ("On Polish Themes"), Op. 42
Barcarolle for piano In F-sharp major Op. 44
Four Preludes for piano, Op. 46:
Polonaise for orchestra in C major ("In Memory of Pushkin"), Op. 49
Variations on a Polish Folk Theme for piano in A-flat major, Op. 51
Three Bagatelles for piano, Op. 53
Polonaise for orchestra in D major, Op. 55
Baba Yaga for orchestra, Op. 56 (1905)
Three Pieces for piano, Op. 57:
Eight Russian Folksongs for orchestra, Op. 58 (1906):
Volshebnoye ozero (The Enchanted Lake), Op. 62 (1909)
Kikimora for orchestra, Op. 63 (1909)
Four Pieces for piano Op. 64:
Dance of the Amazon, Op. 65
From the Apocalypse, symphonic picture for orchestra, Op. 66 (1910-1912)
Nénie for orchestra, Op. 67

Para ouvir:

LEONCAVALLO, RUGGIERO


Ruggero (Ruggiero) Leoncavallo (Nápoles, 23 de abril de 1857 – Montecatini Terme, 9 de agosto de 1919) foi um compositor de óperas italiano.

A sua ópera "I Pagliacci", com os personagens Canio, Tonio, Peppe, e Silvio, continua a ser uma das mais populares obras do repertório de ópera.

Filho de um magistrado policial, Leoncavallo nasceu em Nápoles em 23 de abril de 1857 e estudou no Conservatório San Pietro a Majella. (A data 8 de março 1857 ou 1858, está incorreta). Depois de alguns anos de estudo, e ineficazes tentativas de obter a produção de mais de uma ópera, ele viu o enorme sucesso de Mascagni em Cavalleria Rusticana em 1890, e não desperdiçou tempo na elaboração do seu próprio verismo, Pagliacci (segundo Leoncavallo, o enredo deste trabalho teve origem na vida real: um julgamento sobre assassinato a que seu pai tinha presidido).
Pagliacci foi realizada em Milão em 1892 com sucesso imediato, hoje, é o único trabalho de Leoncavallo no repertório padrão de ópera. A sua mais famosa ária Vesti la giubba, "Ligado com a manta de retalhos") foi gravada por Enrico Caruso e foi o primeiro registo do mundo a vender um milhão de cópias.
I Medici e Chatterton (1896)— foram também produzidas em Milão. Grande parte de  "Chatterton" foi gravado pela Gramophone Company (mais tarde HMV).[4] Foi em La bohème realizada em 1897 em Veneza que o seu talento obteve confirmação pública. (As suas duas Arias para tenor são realizadas ocasionalmente, especialmente em Itália) Posteriormente as óperas Zaza (1900) (a ópera de Geraldine Farrar famosa no desempenho de despedida no Met, e Der Roland Von Berlin (1904). Obteve um breve sucesso em Zingari que estreou em Itália, e Londres, em 1912. (Zingari esteve longo tempo, no Hipódromo Teatro). Zingari chegou aos Estados Unidos, mas logo depois desapareceu do repertório.
Após uma série de operetas, Leoncavallo num último esforço criou Edipo Re, mas morreu antes de terminar a orquestração, que foi completada por Giovanni Pennacchio. Desde a década de 1970 esta ópera tem tido um número surpreendentemente elevado de representações (incluindo Roma 1972, Viena 1977 e Amsterdão 1998), bem como uma produção totalmente encenada no Teatro Regio di Torino, Turim em 2002.
A famosa Mattinata foi por ele escrita para a Gramofone Company com Caruso em mente. Escreveu o libreto para a maioria das suas próprias óperas e é considerado o maior libretista italiano do seu tempo após Arrigo Boito. Importante foi ainda a sua contribuição para o libreto de Manon Lescaut de Giacomo Puccini.
Ruggero Leoncavallo morreu em Montecatini, Toscânia, em 19 agosto de 1919.

OBRA
Óperas

Pagliacci (21 de Maio de 1892 Teatro Dal Verme, Milão)
I Medici (9 Nov. 1893 Teatro Dal Verme, Milan) (primeira parte da trilogi Crepusculum - incompleta)
Chatterton (10 de março de 1896 Teatro Argentina, Roma) (rev. de um trabalho composto em 1876)
La Bohème - Leoncavallo (6 de maio de 1897 Teatro La Fenice, Veneza)
Zazà (10 de novembro de 1900 Teatro Lirico, Milão)
Der Roland von Berlin (13 de dezembro de 1904 Deutsche Oper, Berlim)
Maia (15 de janeiro de 1910 Teatro Costanzi, Roma)
Gli Zingari (16 de setembro de 1912 Hippodrome, Londres)
Mimi Pinson (1913 Teatro Massimo, Palermo)
Edipo Re (13 de dezembro de 1920 Opera Theatre, Chicago)

Operetas
La jeunesse de Figaro (1906, E.U.A.])
Malbrouck (19 de janeiro de 1910 Teatro Nazionale, Roma)
La reginetta delle rose (24 de junho de 1912 Teatro Costanzi, Roma)
Are you There? (1 de novembro de 1913 Theatre Prince of Wales, Londres)
La candidata (6 de fevereiro de 1915 Teatro Nazionale, Roma)
Prestami tua moglie (2 de setembro de 1916 Casino delle Terme, Montecatini)
Goffredo Mameli (27 de abril de 1916 Teatro Carlo Felice, Gênova)
A chi la giarrettiera? (16 de setembro de 1919 Teatro Adriano, Roma)
Il primo bacio (29 de abril de 1923 Salone di cura, Montecatini)
La maschera nuda (26 de junho de 1925 Teatro Politeama, Nápoles)

Outras Obras
La nuit de mai -Poème Symphonique segundo Alfred de Musset, Paris 1886 (em francês).
Séraphitus Séraphita - Poema Sinfónico segundo H. de Balzac, Teatro alla Scala, Milão 1894

Para ouvir:

http://www.youtube.com/watch?v=Ky271W94VHA

LEKEU, GUILLAUME


Guillaume Lekeu (20 de janeiro de 1870 - 21 de janeiro de 1894) foi um belga (Wallon) compositor de música clássica.


Lekeu, que nasceu em Verviers, na Bélgica, teve suas primeiras lições no conservatório naquela cidade. Em 1879,  os seus pais  mudaram-se para Poitiers. Lá, ele terminou a escola, enquanto continuava os seus estudos musicais autodidaticamente. Com a idade de 15 anos compôs a sua primeira peça.


Em 1888, a sua família  estabeleceu-se  em Paris, onde Lekeu se tornou aluno de César Franck. Após a morte de Franck, Vincent d'Indy tornou-se o seu novo professor.
Em 1891, ele obteve um segundo lugar no Segundo Prémio de Roma pela sua cantata "Andromède".
O famoso e virtuoso violinista  Eugène Ysaÿe pediu-lhe uma sonata de violino. Ysaÿe tocou esta composição pela primeira vez em Março de 1893, e continua a ser peça mais popular Lekeu's. Aos 23 anos, Lekeu ficou doente com febre tifóide e morreu em Angers apenas um dia depois de seu 24 º aniversário. Foi enterrado num subúrbio de Verviers.


A obra de Lekeu é composta por cerca de 50 peças. Hoje, a maioria delas podem ser encontradas nos arquivos de vários conservatórios, e várias delas foram gravadas por diversas vezes, nomeadamente a sonata de violino. O seu estilo mostra influências de Franck, Wagner e Beethoven, mas ele nunca foi um mero imitador daqueles mestres. Ele usou princípios cíclicos, ou seja, os temas nas suas obras, muitas vezes recorrem do movimento para movimento, como acontece num bom número de composições de Franck e  de Indy. Em geral, Lekeu é considerado como um compositor de grande talento que morreu muito jovem.

OBRA

Peças para orquestra

Première étude symphonique (1889)
Deuxième étude symphonique (1889)
Adagio pour quartet d'orchestre (1891)
Fantasy on two folktunes from Angers (1892)
Introduction and Adagio for brass band (1892)
Música Vocal
Andromède, poema l´rico e sinfónico para solistas, coro e orquestra (1891)
Canto lírico para coro e orquestra (1891)
Cancões

Música de Câmara
Quarteto de Cordas G major (1888)
Quarteto de  Piano in B minor (1892/93, completada por Indy)
Trio de Piano  in C minor (1890/91)
Sonata para Violin  in G major (1892/93)
Sonata violoncelo  in F minor (1888)
Sonata para Piano  in G minor (1891)

Para ovir:
http://www.youtube.com/watch?v=AujdNOPZ6FU

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

LANNER, KARL


Karl Franz Joseph Lanner (12 de Abril de 1801, Mechitaristengasse 5, Neubau - 14 de abril de 1843, Viena) foi um compositor austríaco de música de dança. Foi lembrado como um dos primeiros compositores vienenses para reformar a valsa de uma dança camponesa simples para algo mais que até mesmo a alta sociedade podesse desfrutar, ou como um acompanhamento para a dança, ou para o próprio bem da música. Ele era tão famoso como seu amigo e rival Musical Johann Strauss I, que era mais conhecido fora da Áustria por causa de suas turnés no exterior, em particular, a França e a Inglaterra.


Autodidata no violino, Lanner juntou-se a uma pequena orquestra de cordas de Michael Pamer aproximadamente o mesmo tempo que Johann Strauss I, embora ele se tenha decidido aventurar no mundo da música e em parceria com Karl e Johann Drahanek, formando um quarteto que tinha o seu nome. O sucesso deste quarteto de cordas levou à sua expansão gradual, e em 1824 Lanner foi capaz de conduzir uma pequena orquestra de cordas tocando música de dança vienense. Tal foi o sucesso de sua orquestra que era uma característica normal em muitos carnavais de Viena, popularmente conhecido no dialeto local como Fasching. Foi em 1832 que permitiu que Lanner estivesse prestes a ser rival de Johann Strauss I.

Lanner foi rapidamente ganhando fama no fim da temporada de Carnaval de 1825 e Strauss ficou frustrado por ter que ser substituído quando necessário e como resultado, suas obras não estavam recebendo o reconhecimento que ele achava que mereciam. Apesar de discordarem algumas vezes, Lanner e Strauss trabalharam juntos muitas vezes, tendo dado mesmo um show beneficente para seu ex-empregador, Michael Pamer que adoeceu em 1826, no mesmo estabelecimento onde eles se separaram e Strauss e Lanner também aceitaram a concessão do galardão da Liberdade da cidade de Viena em 1836 e, em conjunto fizeram juramento do cidadão.

Ambos estavam defendendo esta música popular de dança, e as pessoas geralmente identificavam-se como "Lannerianer" ou "Straussianer". Na verdade, acreditava-se que a dinastia dos Habsburgo estava ansiosa para desviar a população vienense da política e das idéias revolucionárias que foram febrilmente varrendo a Europa, com muitas cidades preparando-se para derrubar qualquer monarca impopular. A resposta seria distrair a população com música e entretenimento, e as posições musicais que tanto Lanner e Strauss tomaram, logo foram vistas como muito importantes. Lanner mesmo foi nomeado para o cargo cobiçado de Musik-Direktor da Redoutensäle no Palácio Imperial de Hofburg, e as suas primeiras funções foram para realizar concertos em honra da nobreza e para compor novas obras para a orquestra da Corte.

A popularidade de Strauss em breve ofuscou Lanner no início do ano 1840. Strauss estava ansioso para realizar turnés lucrativas no exterior, incluindo Inglaterra, enquanto que Lanner, em Viena, estava convencido de que as outras nacionalidades não estavam preparadas para ouvir a música vienense.

Lanner sucumbiu a uma infecção de tifo que assolou Viena em 1843 e morreu numa sexta-feira, 14 abril, no mesmo ano. A famosa rivalidade com Strauss tinha terminado e marcou um período onde a família Strauss ficou para dominar a cena da música de dança vienense por mais de meio século e introduzir também uma outra era de desenvolvimento interessante e emocionante da valsa e dança popular.

Entre as obras mais populares são o Lanner Pesther "-Walzer", op. 93, "Hofballtänze Walzer op. 161, "Die Werber" Valsa op. 103, "Die Romantiker" Valsa op. 167 e, provavelmente, a sua obra mais conhecida, "Die Schönbrunner" Walzer, op. 200, provavelmente a mais famosa de todas as valsas antes do "Donauwalzer" de Johann Strauss II, em meados da década de 1860. A maioria das valsas de Lanner foram dedicadas a membros da nobreza como foi evidenciado a partir dos títulos que fazia parte da natureza da posição de Lanner naquela época. O seu "Styrian Dances" (Steyrische-Tänze) op. 165 também foi tocado ocasionalmente em Viena no Concerto de Ano Novo da Orquestra Filarmônica de Viena.

Lanner teve um filho, menos conhecido, Augusto Lanner, que era tão talentoso musicalmente e prodigioso como seu pai. A sua filha Katharina tornou-se uma bailarina conhecida internacionalmente, estabelecendo-se em Londres, onde ela se tornou uma influente coreógrafa e professora.

Para ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=CKPE606gjoI

OBRA:

Ländler-(New Viennese) op. 1
Trennungs-Walzer, waltz (Separation) op. 19
Amoretten, waltz op. 53
Die Humoristiker, waltz (The Humorists) op. 92
Pesther-Walzer, op. 93
Abschied von Pest, waltz (Farewell from Pest) op. 95
Die Werber, op. 103
Hofballtänze, waltz (Royal Court Dances) op.161
Steyrische-Tänze (Styrian Dances) op. 165
Die Romantiker, waltz (The Romantics) op.167
Hans-Jörgel, polka op. 194
Die Schönbrunner, waltz op.200

LEHÁR, FRANZ

Franz Lehár (Komárno, 30 de abril de 1870 — Bad Ischl, 24 de outubro de 1948) foi um compositor austríaco de ascendência húngara, conhecido principalmente pelas suas operetas. Ele foi um dos maiores compositores da Áustria. O seu maior sucesso foi Die lustige witwe (A viúva alegre), colocada em cena pela primeira vez no Theater an der Wien (Viena) em 30 de dezembro de 1905.

Lehár nasceu no norte da Komárom, Reino da Hungria, a Áustria-Hungria (hoje Komárno na Eslováquia) como o filho mais velho de um maestro no 50 º Regimento de Infantaria do Exército Austro-Húngaro. Enquanto que o seu irmão Anton entrou na escola de cadetes, em Viena, para se tornar um gestor profissional, Franz estudou violino e composição no Conservatório de Praga, onde o seu professor de violino foi Antonín Bennewitz, mas foi aconselhado por Antonín Dvořák a concentrar-se em compor música. Após a formatura, em 1899 ele  juntou-se à banda de seu pai, em Viena, como maestro assistente. Em 1902 tornou-se maestro do histórico Viena Theater an der Wien, onde a sua primeira ópera Wiener Frauen foi apresentada em novembro do mesmo ano. Léhár é mais famoso pelas suas operetas, mas ele também escreveu sonatas, poemas sinfônicos, marchas, e uma série de valsas (a mais popular Silber und Gold, composta para a princesa Pauline von Metternich "e" Silver Ball, janeiro de 1902), algumas das quais foram retiradas das suas famosas operetas. Músicas de algumas das operetas vieram a tornar-se símbolos, nomeadamente, "Vilja", de A Viúva Alegre "e" You Are My Heart's Delight "(" Dein ist mein Herz ganzes ") de The Land of Smiles.
Lehár foi também associado com o  tenor de ópera Richard Tauber, que cantou em muitas das suas operetas, começando com Frasquita (1922), em que Lehár novamente encontrou um lugar adequado ao estilo de guerra. Entre 1925 e 1934, escreveu seis operetas especificamente para a voz de Tauber.
Em 1935, ele decidiu formar a sua própria editora, Glocken-Verlag ( "Publishing House of the Bells"), para maximizar seu controle pessoal sobre os direitos de desempenho para seus trabalhos.

 O relacionamento de Lehár com o regime nazi foi inquietante. Ele  usou sempre libretistas judeus para as suas óperas e que tinham sido parte do meio cultural de Viena, que incluia um contingentejudaico significativo. Além disso, embora Lehar fosse católico romano, a sua mulher, Sophie, havia sido judia antes de sua conversão ao catolicismo quando do seu casamento, e isso foi suficiente para gerar hostilidade para com eles e para com o seu trabalho. Hitler, no entanto, gostava de música Lehar, e a hostilidade em toda a Alemanha diminuiu após a intervenção de Goebbels. Em 1938, foi dado à senhora Lehár  o estatuto de "Ehrenarierin" ( 'ariano honorário pelo casamento'). Entanto,  foram feitas tentativas, pelo menos uma vez, para a sua deportação. O regime nazi tinha conhecimento dos usos da música de Lehár para fins de propaganda: shows de sua música foram dados na Paris ocupada, em 1941. O Lehárs não foram espectadores silenciosos em relação ao regime: eles presentearam Hitler com uma prenda no seu 50º aniversário, em 1938. Mesmo assim, a influência de Lehár foi limitada. Apesar de suas tentativas de garantir a sua segurança pessoal  e a segurança de um dos seus libretistas, Fritz Lohner-Beda, ele não impediu o assassinato de Beda e de sua esposa em Auschwitz-III .
Franz Lehár passou a maior parte de sua vida adulta fora da Hungria, mas, no entanto, manteve o húngaro, a sua primeira língua, até a sua morte. Continuou a assinar o seu nome à maneira húngara, o nome de família em primeiro lugar, com um diacrítico sobre o "a".
Ele morreu em 1948 em Bad Ischl, perto de Salzburgo, onde também foi sepultado. O seu irmão mais novo, Anton, tornou-se o administrador da sua propriedade, promover a popularidade da música de Franz Lehár.

Para ver e ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=Y_0AUWY-7E4&feature=PlayList&p=46A13CDB2A1A51AC&index=0&playnext=1

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

LECLAIR, JEAN-MARIE

Jean-Marie Leclair, também conhecido como Jean-Marie Leclair, o Velho, (Lion, 10 de Maio, 1697 - Paris, 22 de Outubro, 1764) foi um compositor e violinista da era barroca. Ele é considerado o fundador da escola de violino francesa.

Leclair natural de Lion, foi estudar dança e violino, para Turim. Em 1716, casou com Marie-Rose Casthanie, uma dançarina, que morreu em 1728. Em 1730 Leclair casado pela segunda vez. Sua nova esposa era a gravadora, Louise Roussel, que preparou a impressão de todas as suas obras a partir Opus 2 em diante. Foi nomeado "ordinaire de la musique" por Luis XV em 1733.

Leclair foi esfaqueado em 1764. Apesar do homicídio permanecer um mistério, existe a possibilidade de que sua ex-mulher possa ter sido a instigadora, ainda que a mais forte suspeita recai sobre o seu sobrinho, Guillaume-François Vial.
Os seus irmãos Jean-Marie Leclair "the younger" (1703–1777), Pierre Leclair (1709-1784) e Jean-Benoît (1714-após 1759) foram também músicos.

Para ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=ZzWsNc-n53o&feature=PlayList&p=0B525FB9BB43D37B&playnext=1&playnext_from=PL&index=7

Obras


Op. 1 No. 1 - Violin Sonata in A minor
Op. 1 No. 2 - Violin Sonata in C major Op. 1 No. 3 - Violin Sonata in B flat major, Op. 1 No. 4 - Violin Sonata in D major
Op. 1 No. 5 - Violin Sonata in G major, Op. 1 No. 6 - Violin Sonata in E minor, Op. 1 No. 7 - Violin Sonata in F major
Op. 1 No. 8 - Violin Sonata in G major, Op. 1 No. 9 - Violin Sonata in A major, Op. 1 No.10 - Violin Sonata in D major
Op. 1 No.11 - Violin Sonata in B flat major, Op. 1 No.12 - Violin Sonata in B minor, Op. 2 No. 1 - Violin Sonata in E minor
Op. 2 No. 2 - Violin Sonata in F major, Op. 2 No. 3 - Violin Sonata in C major, Op. 2 No. 4 - Violin Sonata in A major
Op. 2 No. 5 - Violin Sonata in G major, Op. 2 No. 6 - Violin Sonata in D major, Op. 2 No. 7 - Violin Sonata in B flat major
Op. 2 No. 8 - Violin Sonata in D major, Op. 2 No. 9 - Violin Sonata in E major, Op. 2 No.10 - Violin Sonata in C minor
Op. 2 No.11 - Violin Sonata in B minor, Op. 2 No.12 - Violin Sonata in G minor, Op. 3 No.1 - Sonata for 2 violins in G major
Op. 3 No.2 - Sonata for 2 violins in A major, Op. 3 No.3 - Sonata for 2 violins in C major,
Op. 3 No.4 - Sonata for 2 violins in F major, Op. 3 No.5 - Sonata for 2 violins in E minor
Op. 3 No.6 - Sonata for 2 violins in D major, Op. 4 No.1 - Trio for 2 violins & continuo in D minor
Op. 4 No.2 - Trio for 2 violins & continuo in B flat major, Op. 4 No.3 - Trio for 2 violins & continuo in D minor
Op. 4 No.4 - Trio for 2 violins & continuo in F major, Op. 4 No.5 - Trio for 2 violins & continuo in G minor
Op. 4 No.6 - Trio for 2 violins & continuo in A major, Op. 5 No. 1 - Violin Sonata in A major
Op. 5 No. 2 - Violin Sonata in F major, Op. 5 No. 3 - Violin Sonata in E minor, Op. 5 No. 4 - Violin Sonata in B flat major
Op. 5 No. 5 - Violin Sonata in B minor, Op. 5 No. 6 - Violin Sonata in C minor, Op. 5 No. 7 - Violin Sonata in A minor
Op. 5 No. 8 - Violin Sonata in D major, Op. 5 No. 9 - Violin Sonata in E major, Op. 5 No.10 - Violin Sonata in C major
Op. 5 No.11 - Violin Sonata in G minor, Op. 5 No.12 - Violin Sonata in G major, Op. 6 - Récréation de musique in D major
Op. 7 No.1 - Violin Concerto in D minor (1737; homotonal, with all movements in D minor)
Op. 7 No.2 - Violin Concerto in D major, Op. 7 No.3 - Violin Concerto in C major, Op. 7 No.4 - Violin Concerto in F major
Op. 7 No.5 - Violin Concerto in A minor, Op. 7 No.6 - Violin Concerto in A major, Op. 8 - Récréation de musique in G minor
Op. 9 No. 1 - Violin Sonata in A major, Op. 9 No. 2 - Violin Sonata in E minor, Op. 9 No. 3 - Violin Sonata in D major
Op. 9 No. 4 - Violin Sonata in A major, Op. 9 No. 5 - Violin Sonata in A minor, Op. 9 No. 6 - Violin Sonata in D major
Op. 9 No. 7 - Violin Sonata in G major, Op. 9 No. 8 - Violin Sonata in C major, Op. 9 No. 9 - Violin Sonata in E flat major
Op. 9 No.10 - Violin Sonata in F sharp minor, Op. 9 No.11 - Violin Sonata in G minor, Op. 9 No.12 - Violin Sonata in G major
Op. 10 No.1 - Violin Concerto in B flat major, Op. 10 No.2 - Violin Concerto in A major,
Op. 10 No.3 - Violin Concerto in D major, Op. 10 No.4 - Violin Concerto in F major, Op. 10 No.5 - Violin Concerto in E minor
Op. 10 No.6 - Violin Concerto in G minor, Op. 11 - Scylla et Glaucus, Op. 12 No.1 - Sonata for 2 violins in B minor
Op. 12 No.2 - Sonata for 2 violins in E major, Op. 12 No.3 - Sonata for 2 violins in D major,
Op. 12 No.4 - Sonata for 2 violins in A major, Op. 12 No.5 - Sonata for 2 violins in G minor
Op. 12 No.6 - Sonata for 2 violins in B flat major, Op. 13 No.1 - Ouvertura for 2 violins & continuo in G major
Op. 13 No.2 - Trio for 2 violins & continuo in D major, Op. 13 No.3 - Ouvertura for 2 violins & continuo in D major
Op. 13 No.4 - Trio for 2 violins & continuo in B minor, Op. 13 No.5 - Ouvertura for 2 violins & continuo in A major
Op. 13 No.6 - Trio for 2 violins & continuo in G minor, Op. 14 - Trio for 2 violins & continuo in A major
Op. 15 - Violin Sonata in F major

LASSO, ORLANDO DI



Orlando di Lasso (também Orlandus Lassus, Orlande de Lassus, Roland de Lassus, ou Roland Delattre) (1532 (possivelmente 1530) – 14 de junho de 1594) foi um compositor franco-flamengo de música renascentista. Junto com Palestrina (da escola romana), é considerado hoje o maior representante do estilo polifônico maduro da escola franco-flamenga, e era um dos músicos mais famosos e influentes na Europa no final do século XVI.

Ele nasceu em Mons, na província de Hainaut, no que hoje é a Bélgica. A informação sobre os seus primeiros anos é escassa, apesar de algumas histórias não confirmadas terem sobrevivido até nossos dias. A mais famosa delas conta que ele teria sido raptado três vezes por causa da beleza singular da sua voz. Quando tinha doze anos deixou os Países Baixos com Ferrante Gonzaga e foi para Mantua, Sicília, e mais tarde Milão (de 1547 a 1549). Enquanto esteve em Milão ele foi apresentado ao madrigalista Spirito l'Hoste da Reggio, uma influência considerável no estilo musical de suas primeiras obras.

Ele então trabalhou como cantor e compositor para Costantino Castrioto em Nápoles no começo da década de 1550, e os seus primeiros trabalhos têm datas estimadas para esse período. Depois, mudou-se para Roma, onde trabalhou para Cosimo I de' Medici, Grão Duque da Toscana, que tinha uma casa lá; e em 1553, tornou-se maestro da cappela da Basílica de São João de Latrão em Roma, um cargo espectacularmente prestigioso para um homem de apenas 21 anos de idade, mas ficou lá apenas um ano (Palestrina ocupou esse cargo um ano depois, em 1555).

Nenhuma evidência sólida restou sobre o seu paradeiro em 1554, mas fontes contemporâneas têm afirmado que ele viajou pela França e Inglaterra. Em 1555 ele voltou aos Países Baixos e teve os seus primeiros trabalhos publicados em Antuérpia (1555-1556). Em 1556 ele juntou-se à corte de Alberto V, Duque da Baviera, que estava conscientemente tentando construir uma cena musical que rivalizasse com as maiores cortes da Itália; Lasso era um entre muitos holandeses a trabalhar lá e de longe o mais famoso. Ele evidentemente estava feliz em Munique e decidiu estabelecer-se por lá. Em 1558 casou com Regina Wäckinger, a filha de uma dama de honra da duquesa; eles tiveram dois filhos, ambos tornando-se compositores. Em 1563 Lasso havia sido apontado maestro di cappella, sucedendo Ludwig Daser no cargo. Lasso permaneceu no serviço de Alberto V e do seu herdeiro, Guilherme V, Duque da Baviera, para resto de sua vida.

Na década de 1560, Lasso tinha-se tornado bastante famoso, e muitos compositores passaram a ir a Munique para estudar com ele. Andrea Gabrieli foi em 1562, e possivelmente permaneceu na capela por um ano; Giovanni Gabrieli também possivelmente estudou com ele na década de 1570. O seu renome havia transbordado os círculos estritamente musicais, pois em 1570, o imperador Maximiliano II conferiu-lhe um título de nobreza, algo raro para um compositor; O Papa Gregório XIII sagrou-o cavaleiro; e, em 1571, e novamente em 1573, o rei da França, Carlos IX, convidou-o a visitá-lo. Alguns desses reis e aristocratas tentaram fazer com que saísse de Munique com ofertas mais atractivas, mas Lasso estava evidentemente mais interessado na estabilidade de sua posição e nas excelentes condições para a execução de sua música na corte de Alberto do que em ganhos financeiros. "Eu não quero deixar a minha casa, o meu jardim e as outras coisas boas de Munique", escreveu ele ao Duque da Saxônia, em 1580, depois de receber uma oferta para um cargo em Dresden.

No final dos anos 1570 e 1580, Lasso fez vária visitas à Itália, onde encontrou os estilos e tendências mais modernos. Em Ferrara, o centro da actividade "vanguardista", ele sem dúvida escutou os madrigais compostos para a corte d'Este; no entanto, o seu próprio estilo permaneceu conservador, tornando-se mais simples e mais refinado com o passar dos anos. Na década de 1590 a sua saúde começou a declinar, e ele visitou o médico Thomas Mermann para tratar uma doença que na época era denominada "melancholia hypocondriaca"; no entanto ele ainda pôde compor e viajar ocasionalmente. A sua última obra foi uma das suas melhores: uma série sublime de vinte e um "madrigali spirituali" conhecidos como Lagrime di San Pietro ("Lágrimas de São Pedro"), que ele dedicou ao Papa Clemente VIII, e que foi publicada postumamente em 1595. Lasso morreu em Munique, no dia 14 de junho de 1594, no mesmo dia em que seu patrão havia dispensado seus serviços por razões financeiras; ele não chegou a ver a carta de demissão.

Para ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=UToZjFdKm08
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